É um processo de psicoterapia na qual utiliza-se como recurso terapêutico a ludoterapia, ou seja, há uma adaptação do processo psicoterápico ao universo infantil, em que a brincadeira é a forma de expressão mais genuína, utilizando-a de maneira adequada à idade da criança. É realizado em paralelo um acompanhamento com os pais, onde são levantadas questões percebidas durante o contato com a criança. Durante o processo, podem ser realizadas as chamadas visita domiciliar e visita escolar.
As primeiras sessões são com os pais, que trazem a queixa, o motivo pelo qual buscam a psicoterapia e a partir de então as sessões se dão com a criança, mas ainda assim deve-se frizar que a participação dos pais é imprescindível para o sucesso do tratamento.
Como saber se seu filho precisa de psicoterapia?
Muitas vezes os pais ou responsáveis percebem que algo não vai bem, mas encontram dificuldades em lidar com a situação. Normalmente as dificuldades se acentuam na idade escolar e a própria escola sinaliza a necessidade de uma avaliação psicológica. Frente a essas queixas, faz-se importante um olhar mais apurado, pois o problema pode se tornar maior e de maior gravidade mais à frente, como na adolescência.
Exemplos de crianças que podem se beneficiar com a psicoterapia: aquelas que são muito apegadas e agradam excessivamente às pessoas, sentindo-se inseguras e desprotegidas, ou que são muito inteligentes e não conseguem se concentrar, ou ainda, que apresentam dificuldades de relacionamento, aprendizagem, agressivas, hiperativas, que não aceitam regras, afrontam pais e professores com desrespeito e arrogância. Ou ao contrário, estão apáticas, sem respostas ao ambiente, sem questionamento como se estivessem indiferentes ao mundo que lhes rodeia.
A terapia ajuda a criança a tomar consciência de si mesma e da sua existência em seu mundo, auxiliando-a no desenvolvimento de sua auto-identidade e formas mais saudáveis de expressar seus sentimentos.