Resenha do filme: "Deus da carnificina"
29/04/2013 14:11
Olá amigos e leitores!
Este fim de semana assisti a um filme interessante, ainda mais pra quem cursa Psicologia e precisa de horas em “Atividades Complementares” é uma mão na roda! Ou até mesmo para quem já se formou e atende crianças e adolescentes, vale a pena dar uma conferida.
O filme “Deus da Carnificina” (Original: Carnage, ano de lançamento 2012), é um filme curto, de apenas 1h 15min. Com ótimos atores, o drama/comédia se passa em apenas um cenário o tempo todo, incluindo uma cena inicial e final que são imprescindíveis para a compreensão do filme.
Quem prefere filmes agitados, com muita ação, pode não gostar muito deste por ser mais monótono, mas o conteúdo é muito bom, inclusive para pais que estejam passando por alguma dificuldade com os filhos desta faixa etária, servindo para possíveis reflexões.
O que se passa na trama é a história de dois casais, pais de adolescentes que estudam na mesma escola e que, por algum motivo se desentendem. Assim, os pais se vêem obrigados a discutirem a situação.
O diretor não faz rodeios, é esse o foco do filme. Porém, o que era pra ser uma conversa entre adultos para a resolução de um conflito, sai do controle e, conseqüentemente, do foco inicial da conversa.
Os adolescentes, que se agrediram por um motivo esdrúxulo, deixam de ser o foco para, então, os pais trocarem alfinetadas e culpas, tentando encontrar um bode expiatório e o “pior” casal de pais, que teria, portanto, falhado na educação do filho agressor.
São várias tentativas de encerrar a conversa, sempre retomadas com o intuito de culpar o outro. Afinal, ninguém quer sair “por baixo”.
Os pais vão deixando as máscaras caírem (um é totalmente workaholic e o outro, abusa da bebida), enquanto as mulheres se acabam em lágrimas por verem seu casamento falido.
Contudo, como disse anteriormente, as cenas inicial e final se completam, sendo a final, no meu ponto de vista, a mais interessante e clarificadora: enquanto os pais estão preocupados em difamar uns aos outros, acabam se distanciando da relação e educação dos filhos, criando-os sem participação em suas vidas, sem trocas afetivas, o que pode gerar atitudes agressivas com os colegas.
Agora, utilizando esta situação como exemplo para a nossa realidade, pergunto ao leitor: quanto tempo, você que é pai ou mãe, tem disponível para o seu filho? Para participar de reuniões escolares? Para saber como anda a relação com os colegas, com os irmãos e com vocês mesmos? Vocês sabem as preferências dos seus filhos, dedicam parte do seu tempo para o lazer com a família?
Se não, vocês precisam rever o conceito de família, refletir e buscar sair da zona de conforto enquanto podem!
Família é relação, relação uns com os outros, trocas afetivas, é estar disposto nesta relação e tentar, dia a dia, fazer algo que una, que crie laços.
Conversem uns com os outros, reúnam-se à mesa pelo menos uma vez ao dia. Interessem-se genuinamente uns pelos outros, que a tendência é melhorar, sem sombra de dúvidas.
Àqueles que assistirem, espero que gostem.
Compartilhem, depois, suas opiniões.
Elaborado por:
Priscila Didone (Psicóloga – CRP 06/103620)
Clínica Renova
Rua Anhanguera, 251. Birigui/SP
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