O APOIO DOS PAIS NA TERAPIA DO FILHO AUTISTA

10/01/2013 13:10

 

O APOIO DOS PAIS NA TERAPIA DO FILHO AUTISTA

 

Certa mãe disse que ter uma criança diagnosticada com autismo é ser mãe duplamente, com todos os benefícios e sofrimentos da função dobrados. Isso porque não só a criança autista necessita dos cuidados que todo filho precisa, mas também requer atenção especial a necessidades particulares. A mãe disse, ainda, que as alegrias da maternidade são maiores do que as preocupações e por isso era feliz ao quadrado com o seu filho especial (sic).

Pais e mães otimistas com seus filhos especiais possuem, geralmente, uma característica diferente dos pais pessimistas: eles participam ativamente da terapia dos filhos; na verdade, transformam todos os momentos em “terapia”. Quando essa participação intensiva ocorre, os pais passam a ter muito mais carinho e confiança no filho. As vitórias são comemoradas com mais prazer e as demoras são mais bem compreendidas. Muitos pais, infelizmente, ficam em dúvida sobre como podem ajudar os filhos no cotidiano. Algumas ações são simples e causam grande impacto. É válido descrevê-las.

Em primeiro lugar, os pais têm que aceitar seus filhos e lhes fornecer amor e paciência. Crianças diagnosticadas com autismo demoram mais para aprender e para se relacionar adequadamente; precisam ser ensinados muitas vezes sobre a importância das coisas antes de compreendê-las. Pais que têm paciência e entendem o ritmo dos seus filhos são capazes de ensinar de forma mais apropriada e não se frustram quando a criança não aprende imediatamente.

Ø  Respeitar o desenvolvimento do filho e não compará-lo a outras crianças é fundamental para seu crescimento e para o bem-estar familiar.

Os pais também podem ajudar escolhendo com cuidado os profissionais que vão contribuir na educação dos seus filhos. Um bom profissional, seja de qual área for, deve ser transparente e expor para os pais a avaliação que fez da criança, quais sãos seus objetivos a curto e longo prazo e qual o seu método de trabalho. Também é recomendado que sejam escolhidos profissionais dispostos a escutar e serem flexíveis com as queixas trazidas pelos pais e com o que estes consideram de maior urgência no tratamento do filho. Práticas rígidas, que não agregam as necessidades específicas da família, devem ser evitadas em favor da flexibilidade e adaptação às particularidades de cada cliente.

É válido que os pais peçam aos terapeutas para lhes ensinar técnicas que possam ser aplicadas por eles mesmos em casa. O ensino de pais por profissionais apresenta bons resultados. A literatura em terapia para  crianças autistas) tem demonstrado que os pais são bons aplicadores da terapia, são proficientes em reduzir comportamentos-problema e se tornam ótimos professores, sendo capazes de multiplicar o conhecimento adquirido. Em outras palavras, pais são exímios terapeutas.

A maior vantagem de os pais aplicarem técnicas terapêuticas é que isso aumenta o tempo em que seus filhos passam engajados em atividades adequadas. Isso é especialmente fundamental para crianças diagnosticadas com autismo, para as quais tempo ocioso geralmente é dedicado a estereotipias (comportamentos repetitivos auto-estimulatórios) e outros comportamentos inapropriados. Ainda que seja impossível passar o dia brincando ou aplicando técnicas, 1 ou 2 horas de atividade por dia é o suficiente para melhorar a interação entre pais e filhos e aumentar o nível de conhecimento das crianças.

Pais sem acesso a qualquer tipo de técnica também podem ajudar seus filhos. Para isso, basta ter em mente duas coisas fundamentais:

a.    Proteção demasiada não ajuda seu filho a se desenvolver (exemplo: pais que sempre dão comida na boca do filho estão o impedindo de aprender a usar talheres).

b.    Todos os momentos de interação podem ser usados para ensinar (exemplo: guardar brinquedos, ligar a televisão, puxar a descarga, montar blocos, brincar com bola ou boneca, etc).

Ensinar seu filho, afinal, faz parte do seu trabalho natural de pai e mãe. Um filho especial apenas significa que você terá que ser um pouco mais cuidadoso. Lembre-se sempre de uma verdade que algumas pessoas esquecem: seu filho é capaz de aprender muitas coisas, basta você ter vontade de ensinar.

 

 

 

ELABORADO POR:

Priscila Didone

Psicóloga CRP06/103620

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Priscila Didone - Psicóloga e Analista do Comportamento
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